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Problemas na Apologética Clássica
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PROBLEMRS NR RPDLOGÉTICfl CLÁSSICA
1. O método tradicional de apologética cede demais em relação ao próprio Deus, por defender que sua
existência só é 'possível', embora seja 'bastante provável', ao invés de defender que ela é ontológica e
'racionalmente' necessária.
2. Este método cede demais em relação ao conselho de Deus, por não entendê-lo como a 'causa' última,
completamente abrangente, de tudo aquilo que acontece.
3. Este método cede demais em relação à revelação de Deus nos seguintes pontos:
(a) Fazendo concessões a respeito de sua necessidade. Isso acontece por não reconhecer que mesmo no
Paraíso o homem tinha que interpretar a revelação geral (isto é, natural) de Deus em termos das
obrigações pactuais impostas por Deus via revelação especial. A revelação natural, na abordagem
tradicional, poderia ser interpretada 'por conta própria'.
(b) Fazendo concessões a respeito de sua clareza. A revelação de Deus, tanto geral como especial, são
tidas por obscuras [na visão tradicional], a ponto de o homem poder dizer somente que a existência de
Deus é 'provável'.
(c) Fazendo concessões a respeito de sua suficiência. Isso ocorre quando se abre espaço [na abordagem
tradicional] para uma absolutização do 'acaso' ou 'chance', vindo daí alguns 'fatos' que são completamente
novos para Deus e para o homem. Tais 'fatos' seriam 'brutos' (não interpretados) e inexplicáveis em termos
da revelação de Deus, seja ela geral ou especial.
(d) Fazendo concessões a respeito de sua autoridade. Na posição tradicional, a característica auto-
autenticadora da Palavra de Deus (e, portanto, sua autoridade) é secundária à autoridade da razão e da
experiência. As Escrituras não identificam a si próprias: é o homem quem as identifica e reconhece em
'autoridade', em termos da autoridade do próprio homem.
O método tradicional de apologética cede demais em relação ao próprio Deus, por defender que sua
existência só é 'possível', embora seja 'bastante provável', ao invés de defender que ela é ontológica e
'racionalmente' necessária.
4. O método clássico ainda cede sobremaneira em relação à criação do homem à imagem de Deus, ao
postular a criação do homem e seu conhecimento como independentes do Ser e do conhecimento de Deus.
Nessa abordagem, o homem não precisa de "pensar os pensamentos de Deus como Ele pensa" [think
God's thoughts after him].
5. Este método cede demais a respeito da relação pactuai com Deus, ao ignorar o ato representativo de
Adão como absolutamente determinativo acerca do futuro.
6. Mais ainda, este método faz pouco caso da pecaminosidade da humanidade resultante do pecado de
Adão ao ignorar a depravação ética do homem como algo que se estende a todos os aspectos da vida,
incluindo o raciocínio e a atitude.
7. Por fim, este método faz pouco caso da graça de Deus ao ignorá-la como o pré-requisito necessário à
"renovação da mente". Afinal, na visão clássica o homem pode e deve renovar a mente pelo "uso correto
da razão".